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1 total messages Started by Bruno Lima Rocha Tue, 29 May 2012 19:28
O silêncio de Cachoeira e seus efeitos
#3960
Author: Bruno Lima Rocha
Date: Tue, 29 May 2012 19:28
19 lines
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<i>Cachoeira se cala diante da CPMI que leva seu nome. Ao seu lado e em sua defesa, o ex-Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.</i><br>
O Brasil é um país de contrastes e, como venho afirmando aqui nesta publicação (com a devida repercussão), materializam-se os conceitos fundamentais da linha crítica da Economia Política. Sabemos que existem relações assimétricas no acesso aos recursos e possibilidades existentes no sistema liberal de representação e divisão de poderes.<br />
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É da natureza do sistema tanto a desigualdade como a injustiça. Na maior parte das vezes, tal dimensão não se faz expressa de forma direta. Mas, por vezes, a teoria da brecha jornalística (a da verdade factual que de tão chocante pode ser transformadora) escancara tudo.<br />
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Depois da tarde de 3ª, 22 de maio, onde o empresário com investimentos múltiplos Carlos Augusto Ramos (Carlinhos Cachoeira) compareceu a CPMI aberta em “sua homenagem” e nada disse, ficou explícita a contradição presente. Ao seu lado um dos maiores criminalistas vivos do país, simplesmente o ex-ministro da Justiça do primeiro governo de Luiz Inácio, o doutor Márcio Thomaz Bastos. Imagens falam mais que mil palavras.<br />
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Entendo que Cachoeira, assim como qualquer outro cidadão brasileiro tem direito a ampla defesa e jamais deve tolerar a geração de provas contra si. Nada houve e nem há de ilegal, o problema é outro e trata do resultado das investigações e o impacto societário.<br />
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Se a CPMI acabar em pizza (mais uma) isto fortalecerá ainda mais a noção de que, em podendo pagar bons advogados e tendo a capacidade de comprometer estruturas de poder centrais, pessoas e empresas influentes quando alvos de investigação terminam por não ser julgadas e muito menos punidas.<br />
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E pelo andar da coisa, vai melar de novo. Ou seja, através de recursos advindos do tecnicismo jurídico, é possível que as operações Monte Carlo e Las Vegas da Polícia Federal tenham suas provas anuladas.<br />
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Vamos entender o dilema. A população anseia pelo Estado vingador, buscando o sentimento de justiça distributiva, onde o andar de cima da pirâmide social teria de, em algum momento, pagar por crimes de colarinho branco. É óbvio que um Estado de Direito necessita de um sistema jurídico, onde os códigos legais atendam uma norma de garantias.<br />
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Também é óbvio que o período ditatorial provou para os brasileiros como é nefasto o aparelho policial que arranca os dados e provas dos alvos de investigação.<br />
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Tamanha injustiça gera danos. Como pedir “bom comportamento” para o andar debaixo quando os exemplos das elites nacionais (políticas, econômicas e culturais) são os piores possíveis e quase ninguém paga por isso?<br />
<h3>Bruno Lima Rocha</h3><BR>
<p><a href="http://www.anarkismo.net/attachments/may2012/cachoeirabastos.jpg">Data</a><p><a href="http://www.anarkismo.net/article/22979">Link</a>
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